Descrição enviada pela equipe de projeto. O Colégio Horizonte é uma escola privada com longa história na cidade do Porto, Portugal. O crescimento da instituição e o envelhecimento do edifício onde estava sediada, obrigou à transferência das suas instalações para junto do Colégio Cedros, pertencente também ao conjunto Colégios Fomento, em Vila Nova de Gaia. Aqui o Colégio Horizonte ocupou um dos dois edifícios do complexo escolar, construído nos anos 80, cuja área verificou-se ser insuficiente. Foi então necessária uma ampliação.
O conceito escolhido para essa ampliação relacionou-se com a forma iconográfica da “casa”, segundo a ideia infantil, estendendo-a a todas as escalas da construção, desde o edifício em si até aos pormenores. A “casa” representa não só a interpretação infantil de um edifício como a ideia de abrigo e de proteção. O edifício existente já sugeria essa forma, pela empena a partir da qual se fez a expansão. O edifício existente, de implantação retangular, comprida, e com telhado de duas águas, fez nascer um novo corpo. A ampliação destacou-se por uma aparência inquestionavelmente nova, pela sua linguagem e materialidade. A forma já falada materializou-se em dois elementos simples, uma “capa” que gera a forma, e onde são rasgados os vãos, e um “miolo” que contém o programa. Os vãos foram abertos como resultado da necessidade de cada espaço, e em respeito da legislação aplicável a este tipo de equipamento, abrindo o edifício a Sul e fechando-o a Norte. Embora o resultado de todo o conjunto aparente algum efeito de cenário, todos os elementos exteriores resultaram de uma necessidade específica, como é o caso da chaminé, com aspecto algo gráfico, aparente na fachada principal, que cumpre a exaustão de fumos das caldeiras existentes no piso técnico.
No interior, além de garantir a qualidade ambiental, por controlo acústico e térmico, o espaço deu continuidade ao mesmo conceito, estimulando os habitantes mais novos com contrastes de escala, cromáticos e de interioridade. Os equipamentos foram desenhados com preocupações ergonómicas, personalizando cada um à faixa etária dos seus utilizadores. Além do desempenho otimizado de cada equipamento, procurou-se estabelecer jogos de escala e de envolvimento entre as peças e os seus utilizadores, como são exemplo os móveis de vestiário da creche. A estratégia estendeu-se às portas, aos puxadores, aos equipamentos sanitários e, numa maior escala, à capela e ao ginásio, por exemplo.